Nas lides domésticas

Eu todos os dias me divido nas tarefas domésticas e o trabalho, cada vez mais, se multiplica.

Perversamente tua

Cinco dias em casa, sozinha, sem o marido.

Vou dormir nua e ... ser PERVERSAMENTE tua.

Às escondidas

- Amanhã vai trabalhar com um vestido e sem
nada por baixo - pede-me ele, noite adentro, no Messenger.
- Um pedido teu para mim é uma ordem - respondo-lhe eu.

No dia seguinte levanto-me já excitada só de pensar que iria para o emprego sem cuecas. Tomo banho e visto-me.

Chego ao trabalho. Tenho a sensação que todos - homens e mulheres - olham para mim com ar reprovador. Sinto-me húmida. Tenho receio de a todo o momento molhar a cadeira ou o vestido e isso deixa-me mais ansiosa e excitada.

Ao meio-dia, recebo uma sms dele: «Estás sem cuecas como eu te pedi? Vai à casa de banho e tira uma foto pelo telemóvel e manda-ma».

Aniversário

O Gato do Departamento onde trabalho faz anos na próxima segunda-feira. E apeteceu-me fazer-lhe uma surpresa. Ok, eu sei que já fiz 40 anos e ele tem 28 anos. E depois?

Derreti uma barra de chocolate preto. Barrei-me com ele. E quis registar o resultado no telemóvel. Na segunda-feira vou mandar esta foto, de presente, para o aniversariante através de uma mms.

Claro está: número anónimo.

O Chefe

Dez horas da manhã.

Recepção ao PDG (Presidente do Conselho de Administração). Vem dar posse e apresentar o novo Chefe do Departamento. Discursos de saudações, discursos de apresentações e discursos de agradecimentos. Risinhos nervosos, amarelos e de circunstância. O novo chefe tem cara de homem ambicioso, exigente e duro. Não vai ser fácil lidar com ele.

Com o meu sentido prático a funcionar, lembro-me da máxima: com os chefes e com os Presidentes de Câmara melhor de bem que de mal.

Ok, levo-lhe a correspondência para ele assinar ... na boca.

No elevador

Dez horas da noite. Desço à garagem para ir buscar o telemóvel esquecido no carro.

No regresso, quando me preparo para fechar a porta do elevador, o meu vizinho do andar de cima, com um sorriso como só ele sabe sorrir, apressa-se para apanhar boleia. Agradece e pede-me desculpa pelo incómodo. Incómodo? Que nada, não incomodou nada.

Subimos em silêncio. Ele olha, fixamente, o meu vale dos seios teimosamente a descoberto. Ignoro-o com uma expressão de indiferença.

Mas o LADO NEGRO de mim reclama, em surdina. : porque não paras o elevador entre dois andares, desces as calças e me forças a chupá-lo todo, aqui mesmo?

Olhar

Olhámo-nos à saida do restaurante. Foi um puro olhar de DESEJO. De DESEJO partilhado. De DESEJO sentido. De DESEJO consentido.

Nas minhas noites sem dormir fantasio desnudar-me para ele. E deixá-lo louco de tesão.

Ceder ao DESEJO

Os nossos DESEJOS são como crianças pequenas: quanto mais lhes cedemos, mais exigentes se tornam.


Provérbio chinês